1º Evento Guia da Família! Dos 0 aos 100
Organização por parte do www.guiadafamilia.com, a realizar no próximo dia 5 de Setembro de 2010, no histórico Parque Marechal Carmona, em Cascais, onde se pretende reunir actividades, informações, serviços, marcas e produtos que se enquadrem no conceito Família.
Neste dia serão abordadas as mais diversas temáticas que se encontram na agenda do país, como a família, a gravidez, a sexualidade, os séniores, a saúde, entre outros, num formato de “Festa para a Família”, onde, para além de amostras de produtos e serviços dentro desta temática, os visitantes têm acesso a uma grande variedade de actividades, palestras e colóquios disponíveis durante todo o período do Evento, com a participação de várias personalidades e representantes de instituições que possam ajudar na divulgação das “Boas Práticas da Família”.
A entrada é livre a todos os que queiram visitar, assim como a participação nas actividades.
sábado, 21 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
ARTIGO PSICOLOGIA: Ruminações
"...Todos nós conhecemos pessoas que, pelo menos numa fase particular das suas vidas, parecem presas a uma ideia que, vinda de fora ou produzida por si mesmas, se torna central e em volta da qual tudo roda.
Por vezes, essa ideia é arvorada em objetivo. Quer-se ser rico, famoso, belo, culto, especialista em qualquer coisa. Quer-se atingir uma certa pessoa, para se seduzir, vingar, obter favores ou mero assentimento. Quer-se chegar a um certo fim como demonstração de competência e mérito. Quer-se conseguir um dado resultado e, nesse sentido, organiza-se todo um estilo de vida.
Nas situações em que o que se pretende é socialmente desejável (um atleta que procura melhorar os seus tempos, um artista que procura a obra perfeita, um cientista em busca de uma nova descoberta), essa obsessão, sistemática ou pontual, é não só bem vista, como desejável. Elogia-se a vontade e a teimosia, dando valor ao caráter persistente de que se dá provas.
Quando, entretanto, os fins perseguidos não merecem esta valorização, ou não se conseguem traduzir em ações concretas que aproximem o indivíduo das suas metas, a mesma característica sofre um tratamento diferenciado e tende, normalmente, a ser considerada como negativa.
No último caso, em particular, quando intensos e constantes discursos sobre um qualquer tema não parecem deixar espaço aos indivíduos para desenvolverem ações conducentes ao que parece pretendido, acabamos a falar de indivíduos sonhadores ou visionários, de criaturas obcecadas ou em permanentes ruminações.
A ruminação - deste tipo, ou de outro qualquer -, que aprisiona o sujeito num tema e o deixa a mastigar indefinidamente sobre a sua importância, as suas vantagens e desvantagens, as estratégias possíveis para lá chegar, os perigos a enfrentar e os benefícios a colher, em vez de um exercício de concentração e uma prova de insistência mental, passa a ser uma perversão da razão e um impedimento a um normal fluir da vida.
Mesmo que não se tenha nada a ver com isto, todos nós, de vez em quando, entramos em desagradáveis formas de remoer (o que aconteceu, o que não aconteceu, o que poderia ter sido), que nos informam da nossa própria vulnerabilidade e de que, afinal, não acontece só aos outros.
Autor: Isabel Leal
"...Todos nós conhecemos pessoas que, pelo menos numa fase particular das suas vidas, parecem presas a uma ideia que, vinda de fora ou produzida por si mesmas, se torna central e em volta da qual tudo roda.
Por vezes, essa ideia é arvorada em objetivo. Quer-se ser rico, famoso, belo, culto, especialista em qualquer coisa. Quer-se atingir uma certa pessoa, para se seduzir, vingar, obter favores ou mero assentimento. Quer-se chegar a um certo fim como demonstração de competência e mérito. Quer-se conseguir um dado resultado e, nesse sentido, organiza-se todo um estilo de vida.
Nas situações em que o que se pretende é socialmente desejável (um atleta que procura melhorar os seus tempos, um artista que procura a obra perfeita, um cientista em busca de uma nova descoberta), essa obsessão, sistemática ou pontual, é não só bem vista, como desejável. Elogia-se a vontade e a teimosia, dando valor ao caráter persistente de que se dá provas.
Quando, entretanto, os fins perseguidos não merecem esta valorização, ou não se conseguem traduzir em ações concretas que aproximem o indivíduo das suas metas, a mesma característica sofre um tratamento diferenciado e tende, normalmente, a ser considerada como negativa.
No último caso, em particular, quando intensos e constantes discursos sobre um qualquer tema não parecem deixar espaço aos indivíduos para desenvolverem ações conducentes ao que parece pretendido, acabamos a falar de indivíduos sonhadores ou visionários, de criaturas obcecadas ou em permanentes ruminações.
A ruminação - deste tipo, ou de outro qualquer -, que aprisiona o sujeito num tema e o deixa a mastigar indefinidamente sobre a sua importância, as suas vantagens e desvantagens, as estratégias possíveis para lá chegar, os perigos a enfrentar e os benefícios a colher, em vez de um exercício de concentração e uma prova de insistência mental, passa a ser uma perversão da razão e um impedimento a um normal fluir da vida.
Mesmo que não se tenha nada a ver com isto, todos nós, de vez em quando, entramos em desagradáveis formas de remoer (o que aconteceu, o que não aconteceu, o que poderia ter sido), que nos informam da nossa própria vulnerabilidade e de que, afinal, não acontece só aos outros.
Autor: Isabel Leal
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