segunda-feira, 2 de março de 2009

Tema do Mês: Apetite


Se comer é uma necessidade fisiológica vital, o apetite, que é o desejo de comer, depende, no ser humano, de factores psicológicos. No caso do bebé e da criança, estará sujeito a factores aleatórios que dependem da relação com a pessoa que dá o alimento e do meio ambiente. O factor afectivo sobrepõe-se à necessidade.


O APETITE E A FOME

Não se deve confundi-los: a fome é a necessidade fisiológica, o apetite, o prazer de comer, que está ligado a factores psicológicos. Por exemplo, um ser humano pode comer «para agradar» e, inversamente, pode ignorar a fome (a necessidade de comer) numa situação de conflito ou de angústia.

O apetite é influenciado pela maneira como o alimento é dado. A relação de prazer é essencial. Toda esta relação desenvolve-se se a mãe tem prazer em alimentá-la, e isso inicia-se desde o seio materno.

Modificações normais do apetite
· Na altura do romper dos dentes, é normal a criança ter menos apetite. Comer reactiva a sensação dolorosa da gengiva e o prazer diminui;
· Como toda a aprendizagem, a adaptação a todas as novidades alimentares perturba a criança. Ela descobre novos prazeres, mas também desagrado e dificuldades. O seu apetite sofre com essas flutuações;
· Regresso ao biberão ou ao seio. Todas as aquisições são sujeitas a regressão, a uma doença ou a um acontecimento afectivo que perturbe. Assim o retorno ocasional ao biberão (ou ao seio) pode acontecer numa criança que tido o desmame há algum tempo, sem que isso seja sinal de inadaptação

PRAZER E DESPRAZER

Economizadores de Sanidade


Estimule a autonomia

Com o desmame e a passagem a um princípio de autonomia, a sua criança vai tentar novas experiências. Vai testar as suas próprias capacidades, e a alimentação será o primeiro campo das suas investigações.
Por volta dos 8 meses, o bebé pode ter vontade de comer sozinho (não necessariamente em todas as refeições). Vai querer segurar o biberão, uma bolacha e recusa se se insistir em ajudá-lo. Quer imitar o adulto e será tanto mais motivado se comer ao mesmo tempo que eles.
Meter as mãos no puré, tentar levá-lo à boca, constitui para ela uma experiência muito enriquecedora. Um alimento agarrado com sucesso para ser levado à boca tem um gosto bem mais saboroso do que aquele que lá chega dado pelos pais!
Arme-se de paciência. Aja de maneira que os alimentos espalhados não sejam para si um desastre: deixe-o fazer a experiência na cozinha.
Dê-lhe alimentos de fácil manipulação. Ponha quantidades limitadas de alimentos no prato, acrescentando várias vezes.
Não limpe as nódoas enquanto ele come; não lhe limpe as mãos e a boca a cada momento, porque estragaria o seu prazer...

Sem comentários: